Você já ouviu falar em ácido azelaico? Talvez tenha visto o nome perdido na lista de
ingredientes de um cosmético ou visto resenhas sobre o Azelan. Mas o que muitos ainda não
sabem é que ele é um verdadeiro multitasker da dermatologia – um daqueles ativos que
entregam resultados em várias frentes e com poucos efeitos colaterais.
Neste artigo, você vai entender por que o ácido azelaico vem ganhando cada vez mais espaço
em produtos dermocosméticos, como ele age na sua pele, em quais condições ele pode ser
usado e quais são as novidades tecnológicas que tornam sua aplicação ainda mais eficaz.
O que é ácido azelaico?
O ácido azelaico é um ácido dicarboxílico de origem natural, produzido por leveduras do gênero
Malassezia. Ele também é encontrado em nosso organismo como um subproduto do
metabolismo de ácidos graxos. Por ser uma substância com boa tolerabilidade e múltiplos
mecanismos de ação, se tornou um aliado importante no tratamento de diferentes condições da
pele.
Como o ácido azelaico age na pele?
O poder do ácido azelaico está na sua versatilidade. Ele atua:
● Combatendo a inflamação: inibe espécies reativas de oxigênio (ROS), responsáveis
por inflamações e danos teciduais;
● Eliminando bactérias: tem ação antimicrobiana contra Propionibacterium acnes e
Staphylococcus epidermidis;
● Reduzindo a produção de sebo: inibe a enzima 5α-redutase, que transforma
testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), ligada à oleosidade e acne;
● Despigmentando a pele: inibe a tirosinase e o sistema tioredoxina, responsáveis pela
produção de melanina;
● Desacelerando a proliferação celular: atua em queratinócitos, sendo útil em casos de
queratinização excessiva, como rosácea e ceratose pilar.
Para quais problemas o ácido azelaico é indicado?
Segundo os estudos clínicos mais recentes, o ácido azelaico pode ser utilizado para:
● Acne vulgar: reduz inflamações, comedões e evita resistência bacteriana.
● Rosácea: melhora o eritema, reduz pápulas e pústulas.
● Melasma e hiperpigmentações: clareia manchas sem causar danos à pele ao redor.
● Ceratose pilar e psoríase: melhora a textura e a renovação celular.
● Calvície androgenética (em combinação): ajuda a modular a ação hormonal no couro
cabeludo.

Quais são as formas disponíveis?
O ácido azelaico pode ser encontrado em cremes, géis e suspensões com concentrações entre
5% e 20%, tanto em cosméticos quanto em medicamentos.Uma das inovações mais
promissoras é o uso da tecnologia lipossomal, que melhora a penetração do ativo nas
camadas da pele e aumenta sua eficácia mesmo em concentrações menores. Essa tecnologia
também reduz efeitos colaterais como ardência e vermelhidão, tornando o uso mais
confortável.
Ele tem efeitos colaterais?
Em geral, o ácido azelaico é bem tolerado. Pode causar leve ardência, coceira ou vermelhidão
nas primeiras aplicações, mas esses efeitos tendem a desaparecer com o uso contínuo. É
seguro para peles sensíveis, gestantes e lactantes, sendo uma opção excelente para quem
busca tratamentos mais suaves, porém eficazes.